quarta-feira, 29 de agosto de 2012


As pessoas com maior risco de sofrerem as conseqüências do fumo passsivo são aquelas que moram com fumantes ou as que trabalham em ambientes em que é permitido fumar. O local de trabalho é a principal fonte de exposição à fumaça do cigarropara profissionais que não moram com fumantes, principalmente os que trabalham em restaurantes, bares, bingos, cassinos.
Estima-se que aproximadamente 700 milhões de crianças, ou seja, quase a metade das crianças de todo o mundo são fumantes passivas, principalmente devido ao hábito de fumar de seus pais.

As principais manifestações clínicas em fumantes passivos adultos são sintomas respiratórios em pacientes sadios, exacerbação de efeitos irritativos em pacientes alérgicos, aumento da taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares (25 a 35%), de câncer de pulmão, desenvolvimento de câncer do colo do útero, boca, garganta, laringe, esôfago, bexioga, rim, pâncreas, cérebro, tireóide e mama.
Asmáticos expostos à fumaça do cigarro têm maior risco de dispnéia (falta de ar) e de restrições das atividades diárias. Adultos continuamente expostos à fumaça do cigarro têm maior risco de desenvolver asma do que os não expostos (40 a 60%).
As principais queixas físicas apresentadas pelos fumantes passivos são: ardência ou queimação das mucosas com irritação ocular e da garganta, náuseas, cefaléia, espirros, congestão nasal, rinite e tosse.
CONSEQÜÊNCIAS DO FUMO PASSIVO EM CRIANÇAS
Crianças expostas à fumaça do cigarro têm maior risco de apresentarem doenças infecciosas do trato respiratório (bronquite, bronquiolite, crupe e pneumonia), otite média, asma, doenças cardiovasculares, distúrbios de comportamento e do desenvolvimento neurológico e câncer, principalmente do pulmão. Todos estes efeitos são muito semelhantes aos descritos em adultos, mas as crianças são mais suscetíveis à toxicidade da fumaça do cigarro por serem imaturos em sua constituição.
Filhos de fumantes parecem ter dificuldade de aprendizado, atraso no desenvolvimento da linguagem e mais problemas de comportamento, como hiperatividade, distúrbios de conduta e desatenção. Por fim, crianças que são fumantes passivas têm mais chances de tornarem-se fumantes no futuro.
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA PREVENÇÃO DO FUMO PASSIVO?
  • Filhos de pais e mães que não fumam terão maior probabilidade de não serem fumantes.
  • Aumento de produtividade em ambientes de trabalho onde não é permitido fumar.
  • Ambientes onde não é permitido fumar têm menor risco de incêndio e outros acidentes.
  • As pessoas que freqüentam ambientes onde não é permitido fumar têm menor custo com a saúde.
  • Há maior durabilidade e menor custo de manutenção e de substituição de equipamentos, móveis e carpetes em locais onde é restringido fumar.
  • As restrições para fumar estimulam os tabagistas a diminuírem o número de cigarros consumidos ou até parar de fumar.
  • Não fumantes que trabalham em locais com regulamento têm mais probabilidade de solicitar a um visitante que não fume em sua residência.




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

50 anos de PSICOLOGIA!!

50 anos de PSICOLOGIA!!!
Psicologia: uma profissão de diferentes fazeres e múltiplos atores



                  E em comemoração a esta data, vale também uma reflexão sobre a proposta de Foucault: mais importante que o “conhece-te a ti mesmo” é o “cuida de ti mesmo”, que inclui o conhecer-se. O “cuidar de si” tem a ver com o modo de vida, a conduta, as atitudes, revisitar os valores e envolve, por exemplo, exercícios de meditação, leitura e de aprendizado. Aquilo que você conhece não pode estar desvinculado daquilo que você diz e faz.

Psicologia, uma profissão em constução!!!!
 
Muitos desafios ainda teremos que enfrentar, entretanto, os campos de atuação ganham espaço no contexto social.


Aproveitamos a comemoração para refletir e informar sobre a psicologia judicial:

   É uma das especialidades emergentes da Psicologia, cujos psicólogos atuam nesta área há muito tempo


A psicologia interliga ao campo do direito, quando os profissionais do Direito se dão conta que os problemas emocionais e psíquicos das pessoas que se encontram em conflito com a Lei estão diretamente ligados com o delito cometido, ou este causou danos, ameaças a outros. Que as estruturas de personalidade estão permeadas nas execuções e na necessidade de transgredir regras ou “a Lei” que normaliza os padrões de comportamentos sociais.
De acordo com Dayse Bernardi (2005), o laudo psicológico é considerado elemento que auxilia na elucidação de controvérsias e decisões judiciais, de modo que é possível haver vários laudos psicológicos, conflitantes ou complementares, em um mesmo processo.
A idéia de que o Assistente Técnico, ao auxiliar uma das partes, tende a se portar como se fosse advogado do cliente, defendendo-o apesar das implicações, seja familiares, sociais ou éticas, constitui uma idéia distorcida do trabalho a ser desempenhado por este profissional e que, não raro, tal atuação transmite a imagem do assistente técnico como aquele que dificulta o trabalho do psicólogo jurídico.
 
 Amigos psicólogos!!! Parabéns!!!
                                                                     
                    

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Quebrando Barreiras_Roteiro de entrevista para avaliação de crianças que sofreram abuso sexual infantil.





                                                       
O impacto do abuso sexual em crianças não é uniforme e pode variar de acordo com o tipo de violência sofrida, ambiente em que ocorreu, tipo de vinculo do agressor, tempo vivido nesta violência, idade da criança, a idade e sexo do abusador e os efeitos da revelação.
Acreditou-se que as respostas a essas indagações ajudariam a direcionar profissionais e sociedade no acolhimento da criança, e da família que enfrentam processos judiciais em decorrência de  violência sexual....





Habigzang, Luísa Fernanda; Koller, Sílvia Helena; Stroeher, Fernanda Helena; Hatzenberger, Roberta; Cunha, Rafaela Cassol; Ramos, Michele da Silva.
Descrevem na sua pesquisa um Roteiro interessante para avaliação de denuncia de Abuso Sexual.
Muito bacana e portanto, compartilho com vocês.

Roteiro de entrevista para avaliação de denúncia de abuso sexual infantil
Rapport
Como é todo seu nome?
Meu nome é ___. Sou psicóloga (ou outra função profissional quando for o caso). Você já conversou com uma psicóloga antes? Sabe o que uma psicóloga faz? (Breve explicação sobre o trabalho do psicólogo)
Questões gerais
Quantos anos você tem?
Com quem você mora?
Você estuda?
Em que série você está?
Você tem amigos na escola? E perto da sua casa?
O que você costuma fazer quando não está na escola?
Que atividades gostas de fazer?
Pergunta de transição
Agora que já nos conhecemos um pouco, gostaria de saber se você sabe por que está aqui hoje?
Observação: as crianças muitas vezes já introduzem o tema do abuso. Caso digam que não sabem, os entrevistadores podem apontar o assunto da entrevista. Sugestão: “eu soube que você teve alguns problemas na sua família (caso seja intrafamiliar) e eu gostaria de saber de ti o que foi que aconteceu. Será que podemos conversar um pouco sobre isso?”
Questões sobre o abuso
Como isto acontecia? (aqui investigar quem, onde, rituais de entrada e saída)
Os abusos deixaram de acontecer, ou ainda acontecem?
Que idade você tinha quando o abuso aconteceu pela primeira vez?
Que idade você tinha quando o abuso deixou de acontecer?
O abuso aconteceu mais de uma vez?
Você contou para alguém que isso estava acontecendo?
Para quem você contou?
Você sofreu algum tipo de ameaça para não contar sobre o abuso?
Fulano (nome do agressor) alguma vez bateu em você ou te xingou?
E o que aconteceu depois que você contou sobre o abuso?
Como sua família reagiu/o que ela fez depois que você contou sobre o abuso?
Você foi à delegacia ou ao Conselho Tutelar falar sobre o abuso?
Conta-me como foi ir a estes lugares.
E o que aconteceu depois?
Como está sua vida agora?
Observação: algumas destas questões não precisam ser formuladas porque a criança poderá trazê-las em seu relato livre.
Questões finais
Fortalecer vínculo de confiança. Por exemplo, “eu gostaria de te agradecer por ter confiado em mim para contar sua história. Sei o quanto é difícil falar sobre isso. Gostaria que soubesses que acredito em tudo o que me falaste. A partir de agora tu podes contar comigo” (dar telefone do local de trabalho para que a criança possa fazer contato, caso necessite).
Investigar percepção de culpa e desculpabilizar a criança. Por exemplo, “eu já conversei com outras pessoas que passaram por experiências parecidas com a tua e algumas me disseram que sentem culpa pelo que aconteceu. Você se sente culpado?” Explicar que o responsável pelo abuso é o adulto que tem condições de avaliar o que é certo e errado. Apontar que o entrevistado não tem culpa pelo acontecido.
Avaliar impacto da entrevista para a vítima. Por exemplo, “eu gostaria de saber como você está se sentindo agora depois de ter me contado sobre o abuso”.

L.F.Habigzang et al.

ARTIGO COMPLETO:
http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=512392&indexSearch=ID

segunda-feira, 30 de julho de 2012


Maus-tratos psicológicos são tão prejudiciais às crianças quanto agressões físicas....


Maus-tratos psicológicos — como depreciar, denegrir, ridicularizar, aterrorizar, explorar e praticar bulliyng —  são tão prejudiciais à saúde de uma criança quanto punições físicas, afirmaram especialistas em um artigo publicado nesta segunda-feira na revista Pediatrics
Segundo os autores, que fazem parte da Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente (AACAP, sigla em inglês), esse tipo de conduta é a forma mais prevalente de abuso e negligência infantil e pode acarretar, ao longo da vida, problemas de relacionamento, de desenvolvimento e de educação, que costumam ser mais intensos quando os maus-tratos ocorrem nos primeiros três anos de vida da criança.

Brasil — Uma pesquisa divulgada em junho pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo indicou que um em cada cinco brasileiros sofreu punição física regular, ou seja, ao menos uma vez por semana, na infância, e que pouco mais de 70% apanharam ao menos uma vez quando crianças. O levantamento, feito em 2010 com 4.025 pessoas de onze capitais do país, também mostrou que os indivíduos que relataram sofrer mais punições físicas apresentavam mais chances de adotar a violência na criação de seus filhos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012


O Estatuto do Idoso assegura todos os direitos fundamentais aos cidadãos com idade a partir de 60 anos. Entre eles, oportunidades e facilidades para conservação da saúde física e mental, além de garantir o aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social em condições de liberdade e dignidade.
A Lei determina que seja obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde, a alimentação, a cultura, ao esporte e lazer, ao trabalho, a cidadania, a liberdade, a dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária.
Com isso, o idoso tem direito a atendimento preferencial e imediato em bancos, repartições públicas, hospitais e demais órgãos que prestam serviços à população.

Confira um resumo com os principais tópicos do estatuto do idoso:
bullrtVermelho Distribuição gratuita de medicamentos e próteses dentárias pelos poderes públicosNos contratos novos feitos pelos planos de saúde não poderá haver reajustes em função da idade após os 60 anos;
bullrtVermelho Desconto mínimo de 50% no ingresso de atividades culturais e de lazer, além de preferência no assento aos locais onde as mesmas estão sendo realizadas;
bullrtVermelho Proibição e limite de idade para vagas de empregos e concursos, salvo os acessos em que a natureza do cargo exigir;
bullrtVermelho O critério para desempate de concursos será a idade, favorecendo-se aos mais velhos;Idosos com 65 anos ou mais que não tiverem como se sustentar terão direito ao benefício de um salário mínimo;
bullrtVermelho Processos judiciais envolvendo pessoas com mais de 60 anos terão prioridades, nos programas habitacionais para aquisição de imóveis e transporte coletivo urbano e semi-urbano gratuito para maiores de 65 anos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012



22 anos depois....e ainda encontramos resistência!!!


A implantação integral do ECA sofre grande resistência de parte da sociedade brasileira, que o considera excessivamente paternalista em relação aos atos infracionais cometidos por crianças e adolescentes. Tais setores consideram que o estatuto, que deveria proteger e educar a criança e o adolescente, na prática, acaba deixando-os sem nenhum tipo de punição ou mesmo educação. Alegam, por exemplo, que o estatuto é utilizado por grupos criminosos para livrar-se de responsabilidades criminais fazendo com que adolescentes assumam a culpa pelos crimes. Não raro, propõem a diminuição da maioridade penal e tratamento mais duro para atos infracionais. Além disso, embora o Estatuto impute a responsabilidade pela proteção à criança e ao adolescente ao Estado, à sociedade e à família, estas instituições têm falhado muito em cumprirem sua obrigação legal. São frequentes os casos de crianças abandonadas, morando na rua, ou deixadas em casa, sozinhas, por um longo período de tempo.



segunda-feira, 9 de julho de 2012


          
 “Não à Medicalização da Vida”


O Conselho Federal de Psicologia lançará no dia 11 de julho de 2012, às 14 horas, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, a campanha “Não à Medicalização da Vida”.
         A campanha será iniciada com o debate sobre o tema da medicalização da educação nas escolas, que se tornou um problema de saúde pública e coletiva, no Brasil e no mundo, dada a incidência de crianças, adolescentes e jovens sendo excessivamente medicalizadas para aumentar o rendimento escolar e para se adequar aos padrões de adaptação produtiva e de docilidade exigidos pela sociedade atual. A campanha será ampliada para outras temáticas.
       “A medicalização é questão de debate público interdisciplinar no campo dos Direitos Humanos e da Educação. A medicalização é um fenômeno amplo em suas implicações sobre a organização da sociedade, suas instituições e sobre a formação dos sujeitos, exercendo força sobre a organização cotidiana do ambiente escolar, familiar e laboral; sobre a regulação do comportamento social e a formação de identidades e, em sentido mais amplo, sobre o potencial de manifestação de grupos e de reconhecimento político de direitos”, afirma a conselheira do CFP Marilene Proença.
          Participam da audiência, a conselheira do CFP, Marilene Proença, a professora do Departamento de Pediatria da Unicamp, Maria Aparecida Moisés, a representante da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), Sílvia Maria Cintra da Silva, representantes do Ministério da Educação (MEC), do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Conheça mais sobre o tema:
Episódio 4 da série drogas e cidadania em debate, que trata do tema Medicalização e Sociedade:

Serviço:.
Data: 11 de Julho de 2012
Horário: 14 horas
Local: Câmara dos Deputados, anexo II, plenário 9