Eu ainda me assusto com a inocência das mulheres, que muitas vezes percebem o sentimento de posse dos seus companheiros como sendo o de PROTEÇÃO.
A sociedade ignora a violência domestica, ainda temos uma visão machista nos relacionamentos. No entanto, 31% das mulheres no Brasil que residem na zona rural e 29% que vivem em cidades sofrem tanto violência física quanto a sexual.
A violência doméstica e o estupro são considerados a sexta causa de anos de vida perdida por morte ou incapacidade física em mulheres de 15 a 44 anos – mais que todos os tipos de câncer, acidentes de trânsito e guerras. Sendo assim, é um tema que merece total atenção, porque, pode acarretar consequências emocionais aos filhos que testemunham a violência.
As mulheres agredidas e que permanecem no vínculo conjugal são mais propensas à depressão, exprimindo sentimentos de solidão, tristeza, desamparo, descrença, irritação, baixa autoestima e baixa autoconfiança, não conseguindo assim se perceber e nem desenvolver a autoeficácia, formando assim, um círculo vicioso: as mulheres agredidas que permanecem com os companheiros agressores tornam-se frequentemente, agressivas, o que leva os casais a terem um dia a dia cada vez mais violento, em que os conflitos se multiplicam e se intensificam.

A APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vitima) lança algumas questões sobre as quais é importante refletir para detetar um possível agressor:
- Tem medo do temperamento do seu namorado ou da sua namorada?
- Tem medo da reação dele(a) quando não têm a mesma opinião?
- Ele(a) constantemente ignora os seus sentimentos?
- Goza com as coisas que lhe diz?
- Procura ridicularizá-lo(a) ou fazê-lo(a) sentir-se mal em frente dos seus amigos ou de outras pessoas?
- Alguma vez ele(a) ameaçou agredi-lo(a)?
- Alguma vez ele(a) lhe bateu, deu um pontapé, empurrou ou lhe atirou com algum objeto?
- Não pode estar com os seus amigos e com a sua família porque ele(a) tem ciúmes?
- Alguma vez foi forçado(a) a ter relações sexuais?
- Tem medo de dizer “não” quando não quer ter relações sexuais?
- É forçada(o) a justificar tudo o que faz?
- Já foi acusada(o) injustamente de estar envolvida ou ter relações sexuais com outras pessoas?
- Sempre que quer sair tem que lhe pedir autorização?
Se a sua resposta for sim a todas ou à maior parte destas questões, provavelmente encontra-se numa situação de risco da qual tem de se libertar. Procure apoio ou ajuda especializada junto de instituições credíveis como a APAV. Não se torne mais uma vítima!
links relacionados:
http://textolivre.com.br/artigos/35139-perfil-psicologico-de-mulheres-vitimas-de-violencia
http://mulheresacorrentadaseescravizadas.blogspot.com.br/
http://proudtobeawoman.eu/violencia-domestica-conheca-os-sinais-de-alerta/

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