segunda-feira, 9 de julho de 2012

                                                                      O SILÊNCIO QUE MACHUCA...... 




              Eu ainda me assusto com a inocência das mulheres, que muitas vezes percebem o sentimento de posse dos seus companheiros como sendo o de PROTEÇÃO. 
               A sociedade ignora a violência domestica, ainda temos uma visão machista nos relacionamentos. No entanto, 31% das mulheres no Brasil que residem na zona rural e 29% que vivem em cidades sofrem tanto violência física quanto a sexual.           


A violência doméstica e o estupro são considerados a sexta causa de anos de vida perdida por morte ou incapacidade física em mulheres de 15 a 44 anos – mais que todos os tipos de câncer, acidentes de trânsito e guerras. Sendo assim, é um tema que merece total atenção, porque, pode acarretar consequências emocionais aos filhos que testemunham a violência.


                    As mulheres agredidas e que permanecem no vínculo conjugal são mais propensas à depressão, exprimindo sentimentos de solidão, tristeza, desamparo, descrença, irritação, baixa autoestima e baixa autoconfiança, não conseguindo assim se perceber e nem desenvolver a autoeficácia, formando assim, um círculo vicioso: as mulheres agredidas que permanecem com os companheiros agressores tornam-se frequentemente, agressivas, o que leva os casais a terem um dia a dia cada vez mais violento, em que os conflitos se multiplicam e se intensificam.



A APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vitima) lança algumas questões sobre as quais é importante refletir para detetar um possível agressor:
  • Tem medo do temperamento do seu namorado ou da sua namorada?
  • Tem medo da reação dele(a) quando não têm a mesma opinião?
  • Ele(a) constantemente ignora os seus sentimentos?
  • Goza com as coisas que lhe diz?
  • Procura ridicularizá-lo(a) ou fazê-lo(a) sentir-se mal em frente dos seus amigos ou de outras pessoas?
  • Alguma vez ele(a) ameaçou agredi-lo(a)?
  • Alguma vez ele(a) lhe bateu, deu um pontapé, empurrou ou lhe atirou com algum objeto?
  • Não pode estar com os seus amigos e com a sua família porque ele(a) tem ciúmes?
  • Alguma vez foi forçado(a) a ter relações sexuais?
  • Tem medo de dizer “não” quando não quer ter relações sexuais?
  • É forçada(o) a justificar tudo o que faz?
  • Já foi acusada(o) injustamente de estar envolvida ou ter relações sexuais com outras pessoas?
  • Sempre que quer sair tem que lhe pedir autorização?

Se a sua resposta for sim a todas ou à maior parte destas questões, provavelmente encontra-se numa situação de risco da qual tem de se libertar. Procure apoio ou ajuda especializada junto de instituições credíveis como a APAV. Não se torne mais uma vítima!







links relacionados:
http://textolivre.com.br/artigos/35139-perfil-psicologico-de-mulheres-vitimas-de-violencia

http://mulheresacorrentadaseescravizadas.blogspot.com.br/
http://proudtobeawoman.eu/violencia-domestica-conheca-os-sinais-de-alerta/

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